sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Insight

Há meses que eu entro aqui, tenho minhas crises verborreicas e saio, cheia de cerimônias. Estava meio perdida entre a finalidade inicial e o processo de criação. No post anterior, ao verborreicar sobre o Santo Bento tive um insight sobre como fazer essa articulação. Irei comentar o pensamento mais marcante de cada dia a fim de aprofundá-lo. No dia mesmo do post cheguei a pesquisar sobre o Bento, daí deu preguicite e deixei pra lá. Mas hoje tenho que exercitar, vamos lá.

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Hoje deliciei cada segundo inédito do meu dia. Recebi a visita de meus 3 avós. Achei que isso nunca fosse acontecer. Os pais de papai só saem de casa para ir ao médico! Meus pais mudaram há 16 anos e eles só foram lá uma vez. Essa era uma visita realmente inesperada.

Rolou conversa de velho a tarde toda. Quanta vida naquelas palavras! Como pode, essa gente que parece ter vivido tudo o que há pra viver ainda tão empolgada, tão sedenta, tão viva?! Se fechássemos os olhos e ignorássemos o sentido das palavras não saberíamos a idade dos emissores de som do recinto. A impressão era que as ondas sonoras emitidas se pareciam com as da fala de um adolescente que revela seu sonho. 

Enquanto minhas emoções estavam estasiadas com tanta história, política, sociologia, fofoca branca e filosofia, a razão roubava a atenção pensando na matemática incorreta da situação. 3, esse era o número torto, 3 avós... 3 não combina com nada por aqui. E nesse conflito o dia passou, até que fiquei só, eu e meu cheiroso travesseiro com cheio de mim mêrmo.


Ainda embreagada daquela emoção e inquieta com o 3 liguei o computador - é agora que resolvo essa parada. Orkut, facebook, e-mail, Mini Fazenda, ok a saga do blog e blunft, veio. Veio o pensamento, caindo como sal na comida.


Juntei o misto de emoções ao fato de minha avó ter morrido no dia do meu aniversário do ano passado e pensei:

Quanto mais perto a morte mais vida há.

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