segunda-feira, 21 de março de 2011

Última Estação

Essa última parada foi dividida em 3 estações: Belo Horizonte-Sete Lagoas-Esmeraldas. Chamei-a de Sombra e água fresca. Em BH fomos ciceroneados pelo casal Claudio e Carol, que conhecemos em Ibitipoca; em Sete Lagoas ficamos sem programar e; em Esmeraldas passamos históricos dias de convívio familiar.

Nada como conhecer por meio de quem realmente conhece. Nossa estada em BH não poderia ter sido melhor. Na subida do Pico do Pião, em Ibitipoca, esbarramos com o Claudio e a Carol; tudo começou meio tímido, aqueles papinhos bem típicos de ecoturistas, aquela troca de informação cautelosa; mas rolou uma empatia sinistra e na volta já eram mil e um assuntos. Nos identificamos tanto que eles acertaram em cheio em todos os lugares que nos levaram. Visitamos os pontos turísticos tradicionais e mais a Serra do Rola Moça e um outro pico maneirísimo que esqueci o nome :-D. Fiquei apaixonada pela igreja da Papulha, queria uma casa igual a ela! Também, só tem o que é bom... Niemayer, Portinari e Burle Marx.  Ah, ness igreja tem uma história. Estávamos lá muito admirados olhando o lindíssimo painel do altar que apresenta São Francisco de Assis rodeado por crianças e animais e vamos adando, quando Phill diz: — Ih, tem uma exposição aqui!!! Eu rapidamente falei entre dentes:—Não é exposição, é aquela paradinha que tem em toda igreja católica! Como profundos conhecedores do catolicismo depois viemos saber que era a Via Sacra. Bêlêzammmmm.

No domingo pela manhã visitamos a famosa feira Afonso Penna. Pirei, tá!? Sem ironia, de verdade, adoro aquele vuco vuco que me lembra o Saara(RJ) ou o centro de Alcântara(SG). A-DO-RO. Estar no meio do empurra, empurra, levar pisões no pé, ouvir o papo dos feirantes, observar as mulheres, meninas, garotas, homens, meninos, garotos, expirar aos poucos pra economizar ar puro, ver,tocar,cheirar a arte do povo, pode parecer estranho, mas isso me renova. Promove um encontro entre meus eus. Traduzindo para o  pragmatismo a feira possui um ótimo custo benefício. Ela possui diversos setores: couros, bijuterias, roupas, bebê/infantil, brinquedos em madeira, lar. As partes que mais gostei foram couro e bebê/infantil. É um prato feito para as mamães. Mas chegue cedo, lota e as coisas acabam. Cheguei por volta das 7h já tinha bastante gente.

No domingo mesmo pretendíamos ir a Sete Lagoas para entrar na gruta Rei do Mato e depois voltar a Esmeraldas para visitar a família. Mas acabou que ficou tarde e achamos melhor passar a noite lá mesmo e ir a gruta no dia seguinte. Andamos de pedalinho, tentamos conhecer as 7 lagoas, achamos um mirante e um mega shopping. (Em off, meus olhos brilharam ao ver um Mc donalds! Não sou muito boa de boca


No dia seguinte fomos à gruta Rei do Mato, na entrada da cidade. Vale a pena. Ela está aberta há pouco tempo pra visitação e a administração é bastante preocupada com a preservação, então está tudo lindo. Depois seguimos para Cordisburgo, a cidade de Guimarães Rosa e que abriga a famosa Gruta de Maquiné. Muito interioR o lugar. Pena que os dois trouxas chegaram lá apenas com o cartão de débito e tiveram que voltar todos os cento e poucos quilômetros sem entrar na gruta. Sapurquê, né?! Enfim, foi bom que voltamos e chegamos logo à Esmeraldas.

Bom, pra um qualquer Esmeraldas não tem grandes coisas, pra nós tem história. A história familiar por parte de mãe do Phill se passou/passa entre a Inglaterra e Minas, mais específicamente Esmeraldas. Foi muito bom conhecer os donos dos nomes que sempre rolam nas rodas e conviver com eles por uma semana. O negócio foi tão forte que pensei em 2 roteiros de filme baseados nessa semana.Torno público aqui o meu agradecimento à família que nos recepcionou tão bem.
Estou preparando um vídeo mostrando as produções artísticas geradas pela viagem. Fico por aqui.Inté.

  

               

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