Academia Cerebral
domingo, 6 de março de 2016
Sobre o livre brincar e as interferências
domingo, 1 de junho de 2014
Além da dor
Quem passa por uma uti neonatal não sai ileso. Dizem que os traumas sofridos por pais de uti são semelhantes aos traumas de guerra. Eu, de lá carrego mais aprendizados que traumas, mais alegrias que dores, mais amigos que conhecidos.
Foram 102 manhãs, 101 tardes, 101 noites - porque lá dentro o tempo corre diferente. Ele tinha nascido mas era como se ainda estivesse sendo gerado. E nós, como pais, entramos na casca e fomos chocados.
Uma mãe de uti nem sempre é mais puérpera, mas nem por isso está menos sensível e instável emocionalmente; assim como um bebê de uti não necessariamente acabou de nascer, mas para ele tudo é novidade, é como se tudo fosse primeira vez. Quando uma mãe junta esses dois itens e age só com o coração, seus dias viram uma explosão de adrenalina que chega a dar uma onda nos momentos iniciais e depois dificulta as coisas.
Mas não adianta, proteção materna é instinto! Que mãe não viraria o bicho vendo alguém manipular seu filho com a maior naturalidade enquanto ele chora? A vontade que dá é incorporar o whatahell e cair na voadora! É difícil não se deixar dominar pelos pensamentos mais obscuros.
Para sobreviver há de se filtrar as emoções e voltar-se um pouquinho para a razão. Quando saí da minha matrix e me abri para aquela realidade, comecei a caminhar mais leve.
Observei cuidadosamente o dia-a-dia de mais de 70 profissionais e é óbvio que tenho muitas críticas - sou mãe! - porém, aprendi a amá-los e consegui identificar pelo menos uma qualidade em cada um.
Na sala de espera fria (em todos os aspectos) descobri aconchego em outros pais. Aos poucos os cumprimentos e olhares perdidos foram sendo substituídos por papo furado, gargalhadas e choros noturnos coletivos via whatsapp.
E foi mais ou menos assim, indo além da dor, que descobri o amor mais amor que o que eu tenho pelo meu amor.
domingo, 11 de maio de 2014
Dia das Mães
segunda-feira, 14 de abril de 2014
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
- É para amanhã!

A criatividade hiperativa impõe-se sobre a minha gelatina encefálica
Fato este que dificulta o gerenciamento do tempo
O dedo fica frenético de aba em aba, janela em janela
O olho astigmático não acompanha
A cabeça, ao contrário, acompanha tudo
De tudo um pouco
Esse é o problema!
quarta-feira, 18 de julho de 2012
só vem se tudo vai muito bem ou muito mal
se o emocional predomina
ou se o racional predomina.
Quando está tudo em harmonia
nada sai como poesia.
A verdade é uma patada!
Finge que se entende, e pior(!), finque te entende, mas é uma deturpada!
Risca o que não quer, escreve o que quer, e ainda por cima não envia essa informação pro consciente.
Aí, a pouca racionalidade que existe se confunde, a emoção toma conta, e o que é concreto que se explode.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
domingo, 6 de maio de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
A ideia
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!
Augusto dos Anjos
segunda-feira, 26 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
Conhecimento
Se tem posse quando assimila, acomoda, generaliza.
Se não generalizar não se tem posse.
pensando bem, só consigo pensar.
Talvez meu cérebro seja mesmo uma gelatina.
Preciso de muita estabilidade para encontrar qualquer coisa aqui.
Sei que está tudo aqui em algum lugar, só preciso me concentrar.
É como um jogo de estratégia e velocidade.
-Anda cabecinha, mais rápido, preciso me formar até depois de amanhã.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Foto Perdida
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
DecifraÊ
Desejo ardente de mudança.
-Seu insaciável!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
enquanto o chão implora,
que não chega devagar,
enquanto a pia arranha,
que engole e empurra,
enquanto a roupa murcha,
derruba de uma vez.
O vento sopra,
a poeira anda,
a pá faz barulho,
cai dentro do saco.
O detergente pinga,
a esponja esfrega,
a água lava,
a água seca.
A roupa se move,
a água cai,
o varal desce, sereno,
sobe, pesado.
- Bom dia, agora são seis horas e trinta minutos e está começando a primeira edição do RJ TV.
Aff...
domingo, 22 de janeiro de 2012
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
#vidaqueeulevo

- ler revista de fofoca;
- mascar chiclé;
- comprar 5 picolés (só pra mim);
- tomar um demorado banho;
- ver todas as novelas;
- estourar o cartão;
- faltar ao trabalho;
- morder o meu marido;
- andar sem destino;
- escrever poemas;
- jogar twister;
- chorar vendo Chaves (Acapulco);
- quebrar o telefone;
- roer as unhas;
- brincar na lama;
- fazer histórias com nuvens;
- contar bolhas no blindex;
- encontrar meu melhor ângulo no espelho;
- andar arrastando os pés;
- apertar a pasta de dente pelo meio;
- sair com o cabelo que acordei;
- comer devagar.
Vida agitada?
Não, que isso, imagine.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Insônia
pra simplesmente não ter que se entender

Um turbilhão hormonal
não me deixa dormir
porque me faz sentir a noite
pra me lembrar que a manhã é dia
novo dia que velho será.
É uma lógica muito simples.
Por favor, deixe-me flutuar como cortinas ao vento
só por essa noite.
Quero libertar-me dos meus aposentos
Ir e vir sem pensar, sem sentir.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Poecrônica da lavanderia
todo dia
ai, dona Maria,

Pega a roupa
e separa
joga na máquina
tô nem aí
quero é me divertir.
Ela enche
sacode
sacode
esvazia
enche
sacode
sacode.
Pronto!
Tá pronto.
É só estender.
Saldo:
muitas vestimentas esquisitamente limpas
um pacote de queijo provolone frito desmanchado
moedas
um arame de fechar pão
papeis picatados
um ipod.
Legal.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Eu em Luna Clara
quinta-feira, 23 de junho de 2011
São João Marcos
domingo, 19 de junho de 2011
Vídeo Ibitipoca
terça-feira, 5 de abril de 2011
Verídico
segunda-feira, 21 de março de 2011
Última Estação
No domingo pela manhã visitamos a famosa feira Afonso Penna. Pirei, tá!? Sem ironia, de verdade, adoro aquele vuco vuco que me lembra o Saara(RJ) ou o centro de Alcântara(SG). A-DO-RO. Estar no meio do empurra, empurra, levar pisões no pé, ouvir o papo dos feirantes, observar as mulheres, meninas, garotas, homens, meninos, garotos, expirar aos poucos pra economizar ar puro, ver,tocar,cheirar a arte do povo, pode parecer estranho, mas isso me renova. Promove um encontro entre meus eus. Traduzindo para o pragmatismo a feira possui um ótimo custo benefício. Ela possui diversos setores: couros, bijuterias, roupas, bebê/infantil, brinquedos em madeira, lar. As partes que mais gostei foram couro e bebê/infantil. É um prato feito para as mamães. Mas chegue cedo, lota e as coisas acabam. Cheguei por volta das 7h já tinha bastante gente.
No domingo mesmo pretendíamos ir a Sete Lagoas para entrar na gruta Rei do Mato e depois voltar a Esmeraldas para visitar a família. Mas acabou que ficou tarde e achamos melhor passar a noite lá mesmo e ir a gruta no dia seguinte. Andamos de pedalinho, tentamos conhecer as 7 lagoas, achamos um mirante e um mega shopping. (Em off, meus olhos brilharam ao ver um Mc donalds! Não sou muito boa de boca.
No dia seguinte fomos à gruta Rei do Mato, na entrada da cidade. Vale a pena. Ela está aberta há pouco tempo pra visitação e a administração é bastante preocupada com a preservação, então está tudo lindo. Depois seguimos para Cordisburgo, a cidade de Guimarães Rosa e que abriga a famosa Gruta de Maquiné. Muito interioR o lugar. Pena que os dois trouxas chegaram lá apenas com o cartão de débito e tiveram que voltar todos os cento e poucos quilômetros sem entrar na gruta. Sapurquê, né?! Enfim, foi bom que voltamos e chegamos logo à Esmeraldas.
Bom, pra um qualquer Esmeraldas não tem grandes coisas, pra nós tem história. A história familiar por parte de mãe do Phill se passou/passa entre a Inglaterra e Minas, mais específicamente Esmeraldas. Foi muito bom conhecer os donos dos nomes que sempre rolam nas rodas e conviver com eles por uma semana. O negócio foi tão forte que pensei em 2 roteiros de filme baseados nessa semana.Torno público aqui o meu agradecimento à família que nos recepcionou tão bem.
Estou preparando um vídeo mostrando as produções artísticas geradas pela viagem. Fico por aqui.Inté.
terça-feira, 8 de março de 2011
Os Ouros
Um sobe e desce de ladeirões sinistros, uma infindade de guias te abordando, uma loucura. Não sei definir com palavras as sensações que ela me trouxe, uma mistura de preto, marrom e cinza. Não fosse pelo valor histórico e pelas figuras que conhecemos, diria —Gostei não. "O diretor do nosso filme certamente estava adorando o mau tempo.Aquele céu cinza, a chuva fina e constante, o cheiro de mofo, os becos, as ruelas —da câmara, da prefeitura, da direita— enfim tudo colaborava para o cenário perfeito." Me vinham à mente cenas de Scooby doo, o tabuleiro de Detetive e os dramáticos textos do Scotland Yard (ainda bem). Muitas outras lembranças mais reais poderiam ter vindo à tona, acho que era um recurso do cérebro pra manipular o medo.
Mas voltando a vaca fria, assim que chegamos perguntamos sobre a localização da travessa do albergue onde tínhamos feito reserva. Seguimos as orientações. Um guarda nos deixou no topo de um beco em declive, tipo aqueles que encontramos nas favelas do RJ. Não dava pra ir de carro. Ah, tudo bem, aqui é tudo assim mesmo, deve ser tranquilo. Descemos uns 50 metros e perguntei: Phi, vc fechou o carro? E ele meio em dúvida respondeu que não lembrava. Beleza, volta lá, vai de carro até o pé da travessa e estaciona. Eu vou descendo por aqui. E Fui. Tinha um muro com cruzes em pedra, macabro. Éramos eu, a mochila, o muro e um matagal. Continuei, mas o medo bateu e, como diz minha mãe, "sebo nas canelas. Mais a frente, casas, simples, mas casas. Medo de novo, a imagem do muro não saía da cabeça. Crianças, uffa! E continuei a descer a enorme travessa. Com as pernas amolecidas de cansaço e medo, já quase na base da ladeira, enfim, o albergue. Trouxa. Trouxa, 3 vezes trouxa, pensei. Quase desisti de ficar ali, mas as estalações eram tão jeitosinhas, a vista era tão maneira que fiquei. Pouco depois chega o Phillip ofegante pelos 70 degraus que subira. Alívio.
O cansaço era grande mas a fome era maior, precisávamos almoçar. Descemos, estávamos perto da Mina Chico Rei. Êpa, uma coisa boa! Tá começando a melhorar. Visitamos o museu da Inconfidência e perambulamos tentando fazer o reconhecimento do local. Mais a noite, já na volta, descobrimos uma igreja aberta. Ótimo, vamos entrar. Era uma missa, mas nada impedia. Arquitetura bonita, bem barrocona, nem um espacinho vazio. Mesmo depois de um susto com a imagem de um santo vestido com roupas em tecido e cabelos humanos, a visita ia bem e as palavras do Padre estavam interessantes... até o momento em que cita o nome do falecido. —É uma missa de 7º dia!!! Essa não! Por hoje é só.
No dia seguinte fomos à Lavras Novas, um dos lugarejos escondidos da tal serra que mencionei no início. Que "cuti cuti" de lugar! A estrada até lá é sinistra, lá vai um, em alguns trechos lá vai meio, mas vale.
Na volta do trem, em Ouro Preto, visitamos a Igreja mais bonita e singela: Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Ela tem um formato meio arredondado e por dentro é em estilo Rococó. Só destoa o chão que é em piso hidráulico. Depois fui saber que ele foi colocado posteriormente. O chão original era igual ao da rua, em pedra. Getúlio, ao visitá-la na época de seu governo, achou que a Igreja não tinha sido concluída e mandou colocar o piso."Tudum tssss"
Dicas:
-Hospede-se em Mariana e visite Ouro Preto.
-Em Ouro Preto tem um secretaria de cultura que fornece muitos materiais de qualidade. Tem um livreto que traz roteiros e histórias.
-Em Mariana não deixe de ver o concerto de órgão.
-http://www.museuvirtualdeouropreto.com.br